O ator mais comentado do ano. Ele se chama
Uggie, está em fim de carreira e, mesmo sendo apenas um cão Jack Russell
terrier, rouba a cena como coadjuvante em O artista, o filme
sensação da temporada. O longa-metragem dirigido por Michel Hazanavicius
está arrebatando o público mundial e foi indicado a dez Oscars, ainda
que seja francês, preto e branco e mudo. O sucesso do filme e de Uggie
revigora a linhagem algo esquecida dos cachorros nas telas.
Uggie nasceu na Califórnia em 2002. Antes de virar o George Clooney dos
cachorros, teve de enfrentar uma história de superação. Seu primeiro
dono o considerava rebelde e pretendia mandá-lo a um abrigo de cães. Foi
quando Muller se ofereceu para tomar conta dele. Muller não imaginava
que o filhote seria capaz de se tornar obediente e brilhante ao fazer
vários truques.
Ele finge timidez se leva um beijo, anda de skate e
imita gestos humanos. Segundo o psicólogo Stanley Coren, autor do livro A inteligência dos cães,
os terriers ocupam a 39ª posição na na tabela de inteligência canina – o
mais inteligente é o border collie, ao passo que o mais belo e obtuso é
o afghan hound. “O terrier é hiperativo e teimoso”, diz a jornalista
Priscilla Merlino, que mantém o blog Farejando Bichos. “Mas também sabe
ser alegre e companheiro.” Em O artista, no papel de Jack,
Uggie salva a vida de seu dono, o ator George Valentin. Com a chegada do
som ao cinema, Valentin cai em desgraça. No ápice do desespero, queima
seus filmes e desmaia em meio às chamas. Uggie corre e atrai a atenção
de um policial, no que talvez seja o melhor momento do filme.
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