Nascida em Reading, na Inglaterra, Kate veio de uma família ligada à arte de atuar. Seus pais, Roger e Sally Winslet, eram atores, e seus avós, Oliver e Linda Bridges, administradores de um teatro. Ligada a este mundo, Kate sempre foi fascinada por ele. Aos cinco anos fez sua primeira interpretação, como a Virgem Maria, e aos onze foi estudar teatro na Redroofs Theater School, um curso caro e de prestígio, presente da avó. Aos treze estreou na televisão, em um comercial do cereal Sugar Puffs, dançando com o monstrinho Honey Monster. Passou então a atuar no teatro (em peças como Peter Pan, Adrian Mole, A Game of Soldier e What the Butler Saw) e na televisão britânica (em produções como Shrinks, Casualty, Dark Season, Get Back e Anglo-Saxon Attitudes).
Aos dezessete anos estreou no cinema como a emocional Juliet Hulme em Heavenly Creatures (br: Almas Gêmeas), do diretor Peter Jackson, que tornaria-se seu grande amigo. Ao ler o roteiro pela primeira vez, Kate virou-se para seu pai e disse "Eu preciso conseguir este papel", ao que ele respondeu "Ah, então você vai consegui-lo". O caminho, porém, foi difícil e a escolha da personagem concorrida: Kate venceu 175 garotas que cobiçavam o papel. Também teve de viver sozinha na Nova Zelândia por quatro meses para as gravações. Mas sua atuação não decepcionou - foi bastante elogiada pela crítica, tida como uma das grandes promessas da nova geração e ganhou o Urso de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Berlim.
Após sua fenomenal estréia, aceitou o papel de Princesa Sarah em um filme da Disney, "Um garoto na corte do Rei Arthur". A produção foi um fracasso, e muitos disseram que um talento como Kate não deveria ser desperdiçado em uma coisa dessas. A própria atriz admitiu que o filme era mesmo muito ruim.
Em 1995 Emma Thompson estava produzindo uma versão para as telas de Razão e Sensibilidade, de Jane Austen. A princípio pensava-se em dar a Kate um papel pequeno como o de Lucy Steel, mas ela estava determinada a interpretar Marianne, a irmã emocional. Em conversas com Kate, Emma não teve dúvidas que ali estava a atriz que ela procurava. Winslet brilhou interpretando Marianne e recebeu sua primeira indicação ao Oscar por este papel, reafirmando sua posição de promessa da nova geração.
Com o sucesso, pôde buscar filmes que a desafiassem, atuando em Paixão Proibida e em Hamlet, no papel de Ofélia, sendo convencida pelo diretor Kenneth Branagh a interpretá-la.
Após Hamlet, Kate estudava propostas de trabalho quando leu o roteiro de Titanic. Imediatamente, Winslet ligou para o diretor James Cameron afirmando ser ela a Rose que ele procurava. Cameron e a Fox estavam relutantes em dar o papel a Kate, visto que ela não era uma atriz suficientemente conhecida para estrelar uma produção do porte de Titanic (o filme de maior orçamento já criado na época; hoje em segundo lugar). Mas a determinada Kate não desistiu de seu objetivo, e conseguiu o papel. De acordo com ela, foi até hoje o mais difícil de sua carreira. A personagem era densa e exigia muito dela fisicamente. As filmagens duraram cerca de 9 meses e aconteceram em sua grande parte no México. Durante elas Kate conheceu seu co-star, Leonardo DiCaprio, que se tornaria o seu melhor amigo. Devido ao grande número de cenas embaixo da água (que estava em sua temperatura normal, extremamente fria), Kate contraiu pneumonia e teve de entrar com um processo na justiça para conseguir uma semana de descanso devido ao seu intenso desgaste físico.
Todavia, tudo haveria de ser recompensado. Lançado em 1997, o filme tornou-se um fenômeno, e deixou Kate conhecida no mundo todo pela interpretação como a jovem aristocrata noiva contra a vontade e que encontra o amor em Jack Dawson, um homem pobre, em meio ao naufrágio do navio Titanic. Kate recebeu sua segunda indicação ao Oscar (desta vez na categoria principal), e o filme, quatorze. Titanic levou 10 estatuetas. Ela não venceu, mas tornou-se imediatamente uma das atrizes mais requisitadas e famosas do planeta.
Após o sucesso estrondoso de Titanic, Kate recebeu diversas propostas para grandes produções, como "Shakespeare Apaixonado" e "Ana e o Rei", mas optou por atuar em um filme pequeno, Hideous Kinky (br: O Expresso de Marrakesh), de pouca distribuição mundial, de forma a descansar um pouco sua imagem. Foi durante as gravações deste que Kate conheceu o assistente de direção Jim Threapleton, com quem se casaria em novembro de 1998. Durante seu casamento com Jim, Kate atuou em uma série de pequenos filmes, como Fogo Sagrado, Um Conto de Natal e Enigma Ela estava grávida durante as gravações deste último, e em 12 de outubro de 2000 deu à luz sua primeira filha, Mia Honey Threapleton.
O casamento com Jim, entretanto, terminou em 2001. A separação foi anunciada pouco tempo após o lançamento do filme Quills (br: Contos Proibidos do Marquês de Sade), onde Kate mostrou não ter medo da nudez. Em 2001 voltou a brilhar com o papel da jovem escritora Iris Murdoch em Iris, que rendeu-lhe a segunda indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, terceira no total. Foi na première deste filme que a atriz assumiu publicamente seu namoro com o diretor Sam Mendes.
Atuou em The Life of David Gale (br: A Vida de David Gale), uma pesada crítica ao sistema penitenciário norte-americano, Finding Neverland (br: Em Busca da Terra do Nunca), com Johnny Depp, e Eternal Sunshine of the Spotless Mind (br: Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), com uma personagem intrigante que lhe trouxe a quarta indicação ao Oscar. Durante as gravações deste filme, Kate soube que estava grávida pela segunda vez e logo se casou com o namorado Sam Mendes. Joe Alfie Winslet Mendes nasceu em 22 de dezembro de 2003.
Em 2005 participou de seu primeiro musical, Romance & Cigarettes (br: Romance e Cigarros), e em 2006 de sua primeira comédia-romântica, The Holiday (br: O Amor Não Tira Férias). No mesmo ano voltou ao gênero que a havia aclamado - o drama, vivendo uma mãe infeliz e infiel em Little Children (br: Pecados Íntimos). Kate foi indicada ao Oscar pela quinta vez, e surpreendentemente não ganhou a estatueta por mais uma vez.
Em 2008 voltou a cena com duas produções: Revolutionary Road (br: Foi Apenas um Sonho), em que foi dirigida pelo marido Sam Mendes e contracenou pela primeira vez com Leonardo DiCaprio após Titanic, vivendo uma esposa frustrada com o casamento e tentando salvá-lo e a ela mesma; e The Reader (O Leitor), no papel de uma mulher no banco de réus acusada de crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e que se envolveu com um adolescente no passado. Devido à sua excelente interpretação em ambas as produções, 2009 acabaria se tornando o ano de prêmios para Kate Winslet: ela ganharia dois prêmios de atuação feminina do Globo de Ouro (Melhor Atriz Drama, por "Foi apenas um sonho"; Melhor Atriz Coadjuvante, por "O Leitor") e receberia sua sexta indicação ao Oscar, ganhando-o pela primeira vez. O prêmio viria na categoria de Melhor Atriz, por sua atuação em O Leitor.
Depois de um ano como este, Kate afastou-se um pouco das telas. Separou-se amigavelmente do diretor Sam Mendes em março de 2010, diferentemente do rompimento turbulento com Jim Threapleton. O casal continua se vendo e mantém conjunta a guarda das crianças (inclusive de Mia, filha do primeiro marido de Kate). Atualmente a atriz namora o modelo britânico Louis Dowler. Kate está gravando a minissérie Mildred Pierce e o filme Contagion. A atriz também está cotada para participar de vários outros filmes, mas nada foi confirmado ainda.
Ex-marido atual namorado
Mãe dedicada, ótima atriz e mulher de garra.
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